Pense bem antes de buscar
credito pessoal, com o aumento constante nos juros, você pode conhecer a tão
esperada “Neve”, mas transformada em bola de divida financeira...rs
1) Dívidas e contas atrasadas
O hábito de não pagar
empréstimos em dia ou ficar inadimplente são motivos suficientes para o banco
restringir o acesso do cliente ao crédito, mesmo que ele já tenha solucionado
essas pendências financeiras.
Quando o consumidor não
tem um histórico de utilização de crédito, a instituição financeira pode
analisar se ele costuma atrasar o pagamento de contas de telefone, água e luz,
por exemplo.
2) Empréstimos altos
Ter um volume grande de
dívidas, cujo valor ultrapasse 30% da renda mensal, é outro fator importante
para o banco decidir se vai liberar ou não um financiamento, diz Ronaldo
Gotlib, advogado especialista em direito do devedor.
Empréstimos longos
aumentam as chances de o banco não liberar o crédito. “O risco de descontrole é
maior, pois, diante de um problema financeiro, o cliente ainda pode ter um
valor alto de débitos a pagar pela frente”, explica o advogado.
3) Negociação de dívidas
Quando o cliente entra
em um acordo com a instituição financeira para conseguir pagar uma dívida que
virou uma bola de neve, o banco pode conceder um grande desconto para sanar o
débito. Mas esse “perdão” pode ter consequências negativas.
Além de diminuir limites
de crédito do consumidor em linhas como o cheque especial, o banco também pode
restringir seu acesso a financiamentos.
A instituição financeira
leva em consideração o prejuízo que teve com a negociação e busca evitar que
isso aconteça novamente.
4) Pouca disciplina financeira
O banco pode diferenciar
o cliente que tem 100 mil reais em investimentos e ganha 5 mil reais por mês de
um cliente que tem 20 mil reais aplicados e uma renda mensal de 10 mil reais:
ainda que o segundo correntista receba um salário maior, o primeiro parece ter
mais disciplina para poupar.
A relação entre
patrimônio e salário influencia na concessão de empréstimos porque indica se o
cliente é disciplinado financeiramente e, consequentemente, se terá maior
capacidade de honrar compromissos.
A forma como o cliente
utiliza os serviços oferecidos pelo banco também influencia a análise de
crédito feita pela instituição financeira.
Usar o cheque especial
com frequência é visto como um sinal negativo, enquanto utilizar pouco o cartão
de crédito e sempre pagar o valor total da fatura pode ajudar o consumidor a
obter o empréstimo.
5) Falta de garantias
O banco também pode
recusar financiamentos por falta de garantias. A renda do cliente pode até ser
suficiente para pagar as parcelas, mas, se ele não possuir bens para oferecer
ao banco no caso de falta de pagamento, o empréstimo pode ser negado.
Homem com dinheiro no
bolso: Saiba quais são os principais motivos que impedem o acesso ao crédito ©
miroslavmisiura/Thinkstock Homem com dinheiro no bolso: Saiba quais são os
principais motivos que impedem o acesso ao crédito.
Os imóveis costumam ser
o tipo de garantia mais comum e aceito pelas instituições financeiras. “A
alienação fiduciária é o instrumento mais utilizado, pois permite transferir a
posse do bem à instituição financeira em caso de falta de pagamento”, diz
Ronaldo Gotlib.
6) Perfil pessoal
Além do nível de renda,
a profissão, o tipo de vínculo empregatício do trabalhador e seu estado civil
também têm influência na hora de conseguir um financiamento.
Clientes que tenham
renda indefinida, como vendedores que recebem salários baseados em comissões,
podem ter maior dificuldade em obter empréstimos.
Já trabalhadores do
setor público, que têm maior estabilidade no emprego, costumam ter mais facilidade
na obtenção de financiamentos do que profissionais autônomos.
Divorciados, por outro
lado, geralmente têm de lidar com perda de renda, o que pode provocar
descontrole financeiro e restringir seu acesso a empréstimos.
7) Crises econômicas
Bancos também podem
decidir conceder menos empréstimos diante de um cenário pessimista da economia.
Essa mudança leva a
instituição financeira a diminuir o nível de risco que pode correr. O banco
pode verificar que a expectativa de inadimplência ficou mais alta diante de uma
estimativa de aumento na taxa de desemprego, por exemplo.
Ou seja, menos clientes
podem ter acesso a empréstimos quando o banco aumenta suas precauções na hora
de conceder financiamentos.
Como os imóveis são
usados como garantias de empréstimos pelos bancos, uma tendência de queda de
preços no mercado imobiliário também pode restringir a concessão de
empréstimos.
Caso a instituição
financeira precise tomar o imóvel do cliente por falta de pagamento do
financiamento, ela corre o risco de ter mais prejuízos se o preço do bem
diminuir ou se não subir na velocidade prevista antes.
Quais são seus direitos
Os cadastros internos
dos bancos são considerados uma prática legal, pois têm como objetivo proteger
a operação da instituição financeira contra o risco de inadimplência dos
clientes.
Mas o consumidor tem o
direito de saber o motivo que levou o banco a negar o crédito, de acordo com
órgãos de defesa do consumidor e advogados.
É possível recorrer à
Justiça e recorrer aos órgãos de defesa do consumidor caso o banco se recuse a
prestar essas informações.
“A instituição
financeira não precisa passar informações detalhadas, como forma de preservar o
sigilo dessas operações, mas deve orientar o cliente de alguma forma”, diz Ione
Amorim, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
De posse dessas
informações, o consumidor deve buscar regularizar sua situação para voltar a
ter acesso ao serviço no futuro. "Não existe um prazo determinado para que
isso aconteça, mas a condenação não pode ser perpétua”, afirma Ronaldo Gotlib.
Além de explicar o
motivo da recusa, a justificativa deve ser razoável. Segundo o advogado, a
negação do empréstimo não pode ser causada por um problema pontual, mas, sim,
por uma prática recorrente ou uma situação que comprove que o cliente tem alto
risco de não honrar a dívida.
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